O seu pet é do tipo que enjoa (e vomita) ao viajar de carro?
A cinetose, sensação de mal-estar que ocorre durante as viagens de carro, é mais comum nos filhotes, mas é possível de ser evitada.
O ano de 2023 é um ano recheado de feriados prolongados, como o Carnaval,
prato cheio para viagens em família e com os pets. Alguns cães não podem ver o tutor
alcançar a chave do veículo e chegar perto da porta de casa que já ficam
extremamente empolgados para “dar uma voltinha” de carro. Para outros, no entanto,
entrar em um automóvel é um suplício, motivo de muitos enjoos e episódios de
vômitos durante todo o trajeto.
Não é por mal! Assim como os humanos, que muitas vezes passam mal ao ler
em um veículo em movimento, os pets são sensíveis aos movimentos de solavancos
dentro do carro, que podem desencadear o mal-estar e vômitos.
“Essa condição é chamada cinetose, que é uma leve confusão do sistema
vestibular, presente no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio. Quando o cérebro
detecta que o ambiente está se movimentando, mas o indivíduo está parado, o
sistema vestibular se confunde, promovendo vertigem e ocasionando enjoo e vômito”,
conta Taís Motta Fernandes, médica-veterinária gerente de produtos da Avert Saúde
Animal.
De acordo com Taís, os cães filhotes são os que mais sofrem com a cinetose.
“Os pets filhotes ainda não tem o centro neural do controle de náuseas totalmente
formado, o que aumenta a incidência de náuseas e vômitos. Com o passar do tempo,é
comum que estes episódios se tornem mais raros, mas ainda assim eles podem
acontecer com animais de qualquer idade”, explica.
Para as famílias que tem pets mais sensíveis, uma simples viagem pode virar
um pesadelo e o deslocamento pode se tornar um momento estressante, afinal não dá
para saber exatamente quando o pet irá passar mal, mas existem formas de prevenir
estes acontecimentos.
Fique atento ao excesso de movimento e temperatura
Ao viajar com o pet é importante estar atento a dois fatores: o excesso de
movimento do veículo (muitas curvas na estrada, trocas constantes de faixa, aumento
e diminuição bruscos de velocidade frequentemente) e a temperatura dentro do carro.
Quase sempre são estes dois fatores que tem maior peso no mal-estar do pet.
“Não é possível eliminar as curvas da estrada e nem mesmo controlar
totalmente o fluxo do trânsito, principalmente nas viagens de feriados prolongados,
mas quando optamos por viajar com um pet, precisamos esquecer toda pressa e nem
agendar horários. Se o objetivo é chegar cedo, é preciso sair mais cedo. Evite
ultrapassagens e exagerar a velocidade na pista”, Taís alerta.
Já quando a temperatura dentro do veículo está elevada, o pet tem maior
dificuldade para conseguir aliviar o calor corporal, mesmo com as janelas abertas. “Em
dias muito quentes, o animal tende a hiperventilar na intenção de regular a sua
temperatura corporal. Se o carro estiver muito quente, essa regulação de temperatura
fica dificultada, o que pode agravar a hiperventilação e, uma das consequências, é o
vômito do animal. Por isso, para viajar em períodos muito quentes é preferível pegar
estrada no comecinho do dia ou depois do pôr do sol. Se não for possível sair nestes
horários e o veículo não possuir ar-condicionado para controlar a temperatura, é
importante priorizar a circulação de ar para o pet”, recomenda.
Boas-práticas durante o trajeto
Algumas atitudes a serem tomadas durante o trajeto da viagem podem auxiliar
para que o deslocamento não seja traumático para os peludos, que podem passar mal,
e nem para os humanos, que precisam lidar com o carro sujo como uma consequência
do mal-estar do pet.
Quando as viagens forem longas (mais do que 2h), é importante programar
algumas paradas durante o trajeto para que o pet possa sair do veículo e esticar as
patinhas, fazer as necessidades e se movimentar. Essa movimentação em um local
novo pode ajudar a acabar com os enjoos por um tempo. Fornecer um pouquinho de
água para o pet também é importante para mantê-lo hidratado.
Durante o trajeto também é importante lembrar que o pet tem ouvidos mais
sensíveis do que os humanos, por isso música alta no carro com o pet pode não sei
muito agradável para o peludo, causar estresse ou ansiedade, que também pode
resultar em vômito. Manter a música em um volume onde seja possível ouvir o que
outra pessoa está falando sem precisar gritar é o mais adequado para uma viagem
com pet.
Como evitar que a cinetose aconteça?
Os pets adultos raramente vomitam no carro, mas outros sinais também são
indicativos de que eles estão sentindo os efeitos da cinetose, como o excesso de
salivação, a respiração pesada, choramingos e apatia.
“É muito importante acondicionar o pet na caixa de transporte bem arejada e
adequada para o tamanho e o peso, ou prendê-lo ao sinto de segurança específico
para pets. Estes acessórios ajudam a evitar o deslocamento do animal pelo veículo,
que pode agravar os seus enjoos. Outro ponto é evitar de fornecer alimento ao pet
pelo menos 2 horas antes da viagem, porque o balanço do carro junto com o estômago
cheio é a combinação perfeita para o animalzinho vomitar”, Tais elucida.
Quando os vômitos acontecem com filhotes e animais idosos eles têm uma gravidade um pouco maior, porque estes animais estão mais susceptíveis à desidratação. “Pets cardiopatas, que fazem tratamento para doenças do coração, também precisam de uma atenção a mais nos casos de vômitos, porque mesmo a desidratação leve pode influenciar o funcionamento adequado do coração e desencadear outros problemas. Quando passar mal se torna algo recorrente ou o pet se encontra nestas condições citadas anteriormente, remédios à base de Ondansetrona, que atuam na prevenção do enjoo, podem ser indicados pelo médico-veterinário, para garantir uma viagem segura e divertida para toda a família”, finaliza.
Qualquer medicamento a ser fornecido ao pet deve ser previamente indicado e prescrito pelo médico-veterinário, e a sua utilização deve ser de acordo com a recomendada pelo profissional para aquele animal em específico. Medicar o pet sem a indicação adequada pode ocasionar problemas de saúde graves.
Sobre a Avert Saúde Animal
Avert Saúde Animal é uma divisão da inovadora farmacêutica Biolab e atua no
mercado veterinário desde 2013 com o compromisso de colaborar com o acesso às
melhores práticas farmacêuticas, para o desenvolvimento contínuo da medicina
veterinária brasileira. Possui em sua linha: medicamentos, nutracêuticos e
dermocosméticos para cães e gatos e o investimento em tecnologias de produção e
busca pela inovação para a saúde e bem-estar animal é constante. Acesse:
www.avertsaudeanimal.com.br